A 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes) terminou neste sábado (16), no Centro de Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), em Luziânia (GO), com a aprovação de 80 propostas de políticas públicas que serão entregues ao governo federal . O setor envolve iniciativas que adotam um modelo de autogestão baseado no cooperativismo, na solidariedade e no comércio justo . O encontro foi aberto na quarta-feira (13) e marcou a retomada da iniciativa de participação social interrompida desde 2014, quando foi elaborado o 1º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária. Segundo o secretário nacional de Participação Social, Renato Simões, além de promover uma atualização do Plano Nacional de Economia Popular e Solidária, a retomada do Conaes faz parte da Estratégia Nacional de Participação Social , que, desde 2023, já restabeleceu 100 conselhos nacionais e retomou 28 conferências realizadas no...
"Uma ação equivocada da Polícia Militar do Ceará durante busca por assaltantes deixou três inocentes feridos --dois deles estrangeiros-- na noite de ontem, em Fortaleza. O turista espanhol Marcelino Ruiz Pompeu, 38, foi ferido na coluna e ficará paraplégico. Moradores da capital cearense, o italiano Inocenzo Brancati, 39, e sua mulher, a cearense Denise Brancati, 34, voltavam do aeroporto da cidade, onde haviam buscado um casal de amigos espanhóis para estadia de uma semana, quando houve o incidente. No meio do caminho, pararam em um semáforo movimentado e perigoso, onde há cabine policial de vigilância. O carro, uma camionete Hilux preta, de cabine dupla e sem carroceria, estava com os vidros escuros fechados. A partir daí, disse Denise, começaram a ser alvo de tiros. "Pára, pelo amor de Deus, aqui nesse carro não tem nenhum assassino". Segundo Denise --única ocupante da Hilux que falou ontem com a imprensa--, os policiais só pararam de atirar após ouvir esse seu apelo. Ela disse que não houve abordagem policial. "Vimos uma intensa movimentação de policiais e, quando os tiros começaram, pensávamos que era fogo cruzado", afirmou. "Não sabíamos que os tiros eram para nós." Denise contou que, depois dos disparos, os carros da frente partiram com o sinal vermelho. Inocenzo seguiu o fluxo, mas logo percebeu que havia sido baleado no braço. Com muita dor, o italiano, que é construtor em Fortaleza, parou o carro 200 metros à frente. "Vimos a polícia e pensamos que eles vinham nos ajudar, mas, quando chegaram, começaram a metralhar o carro", disse Denise. Foi nesse momento que o espanhol Pompeu, que é piloto de avião, levou um tiro que entrou pelo ombro e se alojou na medula. É a segunda vez que ele visita Fortaleza. "Ele tinha adorado a cidade. Agora tenho vergonha de ser daqui", disse Denise, que teve escoriações nos joelhos. Por causa da gravidade do ferimento, médicos preferiram não retirar a bala e concluíram que ele ficará paraplégico. Pompeu permanecia na UTI ontem. A quarta ocupante da Hilux era a noiva do espanhol, que não foi ferida, mas ficou em estado de choque. Confusão - Toda a perseguição começou após o roubo de um caixa eletrônico na Emlurb (Empresa de Limpeza e Urbanização de Fortaleza). Cerca de seis pessoas armadas fizeram reféns no local para levar o equipamento e o colocaram na carroceria de uma camionete S10 vinho. Na fuga, o equipamento caiu no meio de uma avenida. Somente depois de fazer os disparos, a polícia encontrou o verdadeiro carro usado pelos ladrões, em sentido oposto e bem longe do local do tiroteio. Amigo da família Brancati, o advogado Leandro Vásques disse que o Estado será acionado pelo fato. "Houve uma tentativa de homicídio. Mesmo que fossem bandidos no carro, a abordagem nunca poderia ter sido dessa forma", disse outro amigo da família, o juiz Gustavo Cavalcante. Outro lado - O comando da Polícia Militar do Ceará informou que os sete policiais envolvidos na ação entregaram as armas e foram afastados provisoriamente do trabalho ostensivo. Disse ainda que eles serão investigados e passarão por tratamento psicológico. O chefe-de-gabinete do comando da PM, tenente-coronel Fernando Ávila, criticou a atitude dos policiais durante a perseguição. "Evita-se atirar [em perseguições] porque pode haver prejuízos para terceiros. Se houver necessidade, atira-se nos pneus", disse. "
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