Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023. A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar. No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”. Registros audiovisuais As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um mo
"Pesquisadores brasileiros estão investindo num projeto que utiliza as microalgas para captura de dióxido de carbono em termoelétricas e produção de biodiesel, “com perspectivas de negócios internacionais”.
“As pesquisas estão adiantadas e o teste prático será feito ainda no fim deste ano na termoelétrica do Porto do Pecém”, adiantou à Agência Lusa o professor José Osvaldo Bezerra Carioca, presidente do Centro de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Cenea), organização social instalada em Fortaleza, no Ceará.
De acordo com ele, o projeto despertou o interesse de países como Inglaterra e França, entre outros, dispostos a futuros negócios.
“A maior fornecedora de diesel para táxis e sistemas de transporte da Inglaterra já nos procurou com a finalidade de comercializar o óleo”, adiantou o coordenador do projeto que envolve uma equipe de dez pesquisadores.
Na prática, o processo consiste em “usar o dióxido de carbono para fazer crescer as microalgas numa piscina, separar e extrair o óleo e ainda aproveitar o resíduo, uma proteína de alto valor agregado que serve para nutrição animal”.
“As microalgas já são as grandes supridoras de uma série de medicamentos e complementos alimentares e vamos utilizá-las para produzir biodiesel, pois são ricas em óleos vegetais”, esclareceu.
Alto rendimento
Carioca acrescentou que a soja cultivada pode render 400 litros de óleo por hectare/ano, por exemplo, enquanto as microalgas alcançam, no mínimo, 10 mil litros por hectare/ano, mas podem superar os 20 mil litros por hectare/ano.
“Apenas o dendê e o pinhão manso, alternativas de produção de biodiesel, chegam próximos desse volume com 4 mil litros por hectare/ano”, afirmou.
Desenvolvido em parceria com estatal Eletrobrás e a Termoelétrica Endesa Fortaleza, empresa do grupo italiano ENEL, o estudo viabilizaria a produção de biodiesel no Nordeste do Brasil, “um dos melhores lugares do planeta para o cultivo de microalgas”, segundo o professor.
“Estamos próximos da linha do Equador, com dez horas de sol por dia”, justificou.
Versatilidade
Segundo o professor, embora cresçam no mesmo ambiente que as algas, as microalgas são mais versáteis, têm produtividade muito superior e podem ser cultivadas em água do mar, salinas e até em esgotos.
Para já, o Cenea está trabalhando com Laboratório de Ciencias Marítimas (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), e com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), “que tem um centro de cultivo de microalgas”.
“Ainda precisamos definir o volume de recursos necessários para montar a infraestrutura do laboratório de quantificação e uma planta-piloto de produção de biodiesel", explicou Carioca, adiantando que estes projetos "serão financiados pela Eletrobrás, interessada em dominar essa tecnologia e tornar o biodiesel economicamente viável”.
Segundo ele, a unidade funcionará nos moldes do projeto já desenvolvido por um pesquisador da Universidade de Israel, que está oferecendo apoio técnico aos brasileiros."
Fonte:Agência Lusa
“As pesquisas estão adiantadas e o teste prático será feito ainda no fim deste ano na termoelétrica do Porto do Pecém”, adiantou à Agência Lusa o professor José Osvaldo Bezerra Carioca, presidente do Centro de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Cenea), organização social instalada em Fortaleza, no Ceará.
De acordo com ele, o projeto despertou o interesse de países como Inglaterra e França, entre outros, dispostos a futuros negócios.
“A maior fornecedora de diesel para táxis e sistemas de transporte da Inglaterra já nos procurou com a finalidade de comercializar o óleo”, adiantou o coordenador do projeto que envolve uma equipe de dez pesquisadores.
Na prática, o processo consiste em “usar o dióxido de carbono para fazer crescer as microalgas numa piscina, separar e extrair o óleo e ainda aproveitar o resíduo, uma proteína de alto valor agregado que serve para nutrição animal”.
“As microalgas já são as grandes supridoras de uma série de medicamentos e complementos alimentares e vamos utilizá-las para produzir biodiesel, pois são ricas em óleos vegetais”, esclareceu.
Alto rendimento
Carioca acrescentou que a soja cultivada pode render 400 litros de óleo por hectare/ano, por exemplo, enquanto as microalgas alcançam, no mínimo, 10 mil litros por hectare/ano, mas podem superar os 20 mil litros por hectare/ano.
“Apenas o dendê e o pinhão manso, alternativas de produção de biodiesel, chegam próximos desse volume com 4 mil litros por hectare/ano”, afirmou.
Desenvolvido em parceria com estatal Eletrobrás e a Termoelétrica Endesa Fortaleza, empresa do grupo italiano ENEL, o estudo viabilizaria a produção de biodiesel no Nordeste do Brasil, “um dos melhores lugares do planeta para o cultivo de microalgas”, segundo o professor.
“Estamos próximos da linha do Equador, com dez horas de sol por dia”, justificou.
Versatilidade
Segundo o professor, embora cresçam no mesmo ambiente que as algas, as microalgas são mais versáteis, têm produtividade muito superior e podem ser cultivadas em água do mar, salinas e até em esgotos.
Para já, o Cenea está trabalhando com Laboratório de Ciencias Marítimas (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), e com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), “que tem um centro de cultivo de microalgas”.
“Ainda precisamos definir o volume de recursos necessários para montar a infraestrutura do laboratório de quantificação e uma planta-piloto de produção de biodiesel", explicou Carioca, adiantando que estes projetos "serão financiados pela Eletrobrás, interessada em dominar essa tecnologia e tornar o biodiesel economicamente viável”.
Segundo ele, a unidade funcionará nos moldes do projeto já desenvolvido por um pesquisador da Universidade de Israel, que está oferecendo apoio técnico aos brasileiros."
Fonte:Agência Lusa
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