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" Quem ainda não visitou a exposição “De Picasso a Gary Hill” tem agora até o dia 12 de setembro para conhecer obras de artistas referenciais do século XX. A prazo de visitação foi ampliado em virtude da demanda do público visitante, em especial dos agendamentos de estudantes de escolas públicas. A exposição pode ser visitada de terça a quinta, das 9h às 19h e de sexta a domingo, das 14h às 21h. O acesso é livre.
Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a mostra reflete sobre o modernismo, retirando do foco as produções de influência Dada e os artistas do movimento Pop. “Creditamos a eles a posição de precursores das manifestações envoltas na denominação genérica e não definitiva de ‘arte contemporânea’, embora tenhamos consciência que estas manifestações surgem no próprio bojo da modernidade”, explicam.
Segundo os curadores, a exposição abarca desde o marcante movimento que inicia a relativização do olhar e da percepção que foi o cubismo picassiano, surgido no início do século XX, até a absorção pelo mundo das artes das linguagens eletrônicas tão bem representadas pela obra de Gary Hill. “Estabelecidos os polos, o resto foi determinar os meridianos dessa cartografia imaginária que era construir um “mapa” da arte ocidental moderna”, completam.
A partir daí a curadoria recorreu à formação de grupos de tendências sem, contudo, seguir as categorias tradicionais da história da arte. Para completar a mostra ainda foram incluídos quatro artistas latino-americanos: o uruguaio Arden Quin, artista criador do movimento MADI, os brasileiros Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Letícia Parente, esta última precursora da videoarte no Brasil. A mostra está dividia em sete grupos sem limites de fronteira e preocupação cronológica, desta forma definidos pela curadoria:
“Pablo Picasso, Henri Matisse, Torres-Garcia, Antonio Saura, Paul Klee, Julio Gonzales, Cristina Iglesias e Aldemir Martins foram reunidos pelo expressivo figurativismo das suas obras; Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró, embora também figurativos suas obras enveredam pelos universos de influência fantástica; Jean Arp, Antonio Bandeira, Alexander Calder, José Sanleón e Juan Uslé estão reunidos pelo lirismo de certo modo lúdico de suas composições; Arden Quin, Adolph Gottlieb, Alberto Bañuelos e Tony Smith estão num campo de convergência de idéias construtivas; Cristina Iglesias, Miguel Navarro, Richard Serra e Antoni Tápies têm as suas obras marcadas pela matéria com que são realizadas. Os artistas destes grupos, mesmo situando-se num horizonte que vai da figuração à abstração radical, contêm em suas produções sinais que permitem a compreensão das diversas faces adquiridas pelo modernismo no século XX, em sua plena maturidade. Mas o modernismo do século XX também trás em seu bojo o vírus do seu próprio fim. E isso é possível perceber nas produções de Magdalena Abakanowicz, Christian Boltanski e Allan McCollum, que têm a sua carga poética mais ligada ao conceito que a forma e rompendo a configuração das obras em si, expandem-se e incorporando a plenitude do espaço expositivo; e em Peter Fischli/ David Weiss, Bruce Nauman, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Robert Smithson e Garry Hill, pelo uso dos meios tecnológicos em suas linguagens expressivas volatizam e virtualizam as obras”.
Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público até 12 de setembro. De terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até 18h30). De sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
Fonte: Site do Governo do Ceará
Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a mostra reflete sobre o modernismo, retirando do foco as produções de influência Dada e os artistas do movimento Pop. “Creditamos a eles a posição de precursores das manifestações envoltas na denominação genérica e não definitiva de ‘arte contemporânea’, embora tenhamos consciência que estas manifestações surgem no próprio bojo da modernidade”, explicam.
Segundo os curadores, a exposição abarca desde o marcante movimento que inicia a relativização do olhar e da percepção que foi o cubismo picassiano, surgido no início do século XX, até a absorção pelo mundo das artes das linguagens eletrônicas tão bem representadas pela obra de Gary Hill. “Estabelecidos os polos, o resto foi determinar os meridianos dessa cartografia imaginária que era construir um “mapa” da arte ocidental moderna”, completam.
A partir daí a curadoria recorreu à formação de grupos de tendências sem, contudo, seguir as categorias tradicionais da história da arte. Para completar a mostra ainda foram incluídos quatro artistas latino-americanos: o uruguaio Arden Quin, artista criador do movimento MADI, os brasileiros Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Letícia Parente, esta última precursora da videoarte no Brasil. A mostra está dividia em sete grupos sem limites de fronteira e preocupação cronológica, desta forma definidos pela curadoria:
“Pablo Picasso, Henri Matisse, Torres-Garcia, Antonio Saura, Paul Klee, Julio Gonzales, Cristina Iglesias e Aldemir Martins foram reunidos pelo expressivo figurativismo das suas obras; Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró, embora também figurativos suas obras enveredam pelos universos de influência fantástica; Jean Arp, Antonio Bandeira, Alexander Calder, José Sanleón e Juan Uslé estão reunidos pelo lirismo de certo modo lúdico de suas composições; Arden Quin, Adolph Gottlieb, Alberto Bañuelos e Tony Smith estão num campo de convergência de idéias construtivas; Cristina Iglesias, Miguel Navarro, Richard Serra e Antoni Tápies têm as suas obras marcadas pela matéria com que são realizadas. Os artistas destes grupos, mesmo situando-se num horizonte que vai da figuração à abstração radical, contêm em suas produções sinais que permitem a compreensão das diversas faces adquiridas pelo modernismo no século XX, em sua plena maturidade. Mas o modernismo do século XX também trás em seu bojo o vírus do seu próprio fim. E isso é possível perceber nas produções de Magdalena Abakanowicz, Christian Boltanski e Allan McCollum, que têm a sua carga poética mais ligada ao conceito que a forma e rompendo a configuração das obras em si, expandem-se e incorporando a plenitude do espaço expositivo; e em Peter Fischli/ David Weiss, Bruce Nauman, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Robert Smithson e Garry Hill, pelo uso dos meios tecnológicos em suas linguagens expressivas volatizam e virtualizam as obras”.
Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público até 12 de setembro. De terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até 18h30). De sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
Fonte: Site do Governo do Ceará
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