O Tribunal de Contas do Estado do Ceará elegeu seus novos dirigentes para o biênio 2026/2027 nesta terça-feira (18/11), durante a Sessão Plenária presencial. O colegiado reelegeu o conselheiro Rholden Queiroz como presidente, o conselheiro Valdomiro Távora para o cargo de vice-presidente; o conselheiro Edilberto Pontes, para corregedor; e a conselheira Patrícia Saboya, como ouvidora. Em observância à Lei Orgânica e ao Regimento Interno desta Corte, a ordem de votação para escolha dos novos dirigentes seguiu o critério de antiguidade, encerrando-se com o voto do atual presidente. Foram à urna os conselheiros Soraia Victor, Edilberto Pontes, Patrícia Saboya, Ernesto Saboia, Onélia Leite e Rholden Queiroz. O conselheiro Valdomiro Távora, ausente da sessão, deixou seus votos em envelope lacrado. “Agradeço a confiança dos colegas que me reelegeram. Ninguém faz nada sozinho e eu conto com o apoio de todos os conselheiros e servidores, nosso trabalho é coletivo. Assumo o compromisso de ...
Com
quatro livros publicados (sendo três deles premiados), o escritor,
pesquisador acadêmico, jornalista e artista visual cearense Júnior
Ratts se prepara para lançar sua nova obra: o desromance “O Homem
com Alma Rivotril”. O livro será lançado pela Metanoia Editora no
próximo dia 24 de agosto, às 19h, na Vila das Artes. A entrada é
gratuita e aberta a todos os públicos.
De
acordo com o autor, este será o primeiro romance cearense
genuinamente gay, visto que o livro “O Bom Crioulo” escrito por
Adolfo Caminha, publicado em 1895 e considerado o primeiro romance
homoerótico das Américas, “utiliza a relação amorosa entre dois
homens para tratar não da relação homoafetiva em si, mas para
denunciar outras questões sociais da época como, por exemplo, os
maus tratos praticados pelos oficiais da Marinha à época, além de
utilizar a obra para reafirmar os preconceitos acerca dos
homossexuais”, afirma Ratts.
“O
Homem com Alma Rivotril”, ao contrário da obra de Caminha, é um
romance essencialmente gay, pois foca sua narrativa na descrição do
universo masculino homossexual por meio da história de um
balzaquiano que tenta encontrar um sentido para sua existência
enquanto usa abusivamente medicamentos, cigarros, álcool e muita
música pop.
Inspirado
em Mrs Dalloway, livro da escritora britânica Virgínia Woolf, em
que a autora trata do universo feminino através das observações
aguçadas sobre um único dia na vida da personagem-título, Ratts
descreve um único dia na vida de seu personagem sem dar-lhe um nome.
Ao revelar toda a deteriorização de uma existência sustentada pelo
vício em drogas lícitas que prometem uma calma que nunca chega,
Ratts faz uma crítica à dependência cada vez obsessiva da
sociedade contemporânea à busca pela plenitude através das mais
diversas maneiras. O livro ainda traz à tona a depressão, um
assunto que angustia cada vez mais os indivíduos na
contemporaneidade.
Para
além destas questões, o romance procura compreender qual o real
lugar ocupado pelo homem e, mais especificamente, o homem homossexual
de mais trinta anos, em uma sociedade na qual o sujeito, qualquer
sujeito, é “atormentado” por uma instabilidade social que é, ao
mesmo tempo, produto e produtora de uma transformação da intimidade
e de uma compulsão pela juventude e beleza eternas.
Antes
do lançamento, será realizado uma palestra sobre adoecimento mental
entre pessoas LGBTs. Farão parte da mesa o prof. Dr. Marcelo
Natividade, a psicóloga Simone Viana e o apóstolo Alan Luz.
SOBRE
O AUTOR
Júnior
Ratts é Bacharel e Mestre em Comunicação Social pela Universidade
Federal do Ceará (UFC), doutorando em Sociologia pela UFC, escritor
e artista visual. Publicou quatro livros: Eterna Morte Passageira
(Editora Cavalo Marinho, 2006), Sweet Dreams: o anão e o cachorro, o
calmante e o formicida (Editora 7Letras, 2010), A parede cor-de-rosa
de Rodrigo Blue (Expressão Gráfica e Editora, 2011) e Tudo que é
feio, sujo e necessário (Substânsia Editora, 2015). Seu dois
primeiros livros foram vencedores, respectivamente dos Editais de
Incentivo às Arte da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do
Ceará (Secult-CE) e da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal
de Fortaleza (SecultFor). O livro “A parede cor-de-rosa de Rodrigo
Blue”, também vencedor do Edital de Artes da Secult, foi o
primeiro livro infantil no Ceará a tratar sobre questões de gênero
e sexualidade e recebeu o Prêmio Rachel de Queiroz de Literatura
Infantil pelo Governo do Estado do Ceará.

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