O corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros nos Estados Unidos veio com atraso, disse nesta terça-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) iniciará um ciclo duradouro de reduções de juros que beneficiará todo o planeta. “Penso que [o corte de juros nos Estados Unidos] veio um pouco atrasado, mas veio. Nós estávamos esperando para junho o corte do Banco Central americano. Teve uma pequena turbulência no começo do ano que, de certa maneira, causou alguma turbulência em todos os mercados. O dólar subiu] aqui, mas penso que agora [o Fed] deve entrar em uma trajetória de cortes. Eu penso que isso vai ser duradouro”, declarou Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda. Segundo Haddad, o início dos cortes de juros nos Estados Unidos trará mais previsibilidade para a economia global e evitará a volatilidade no mercado financeiro nos próximos anos. “Não acredito que em 2025, 2026, nós tenhamos surpresas. O
Morhan de Redenção cria vakinha online para construir nova sala do memorial sobre a Colônia de Antônio Diogo
O Núcleo Morhan-Redenção vem acompanhando o trabalho que está sendo desenvolvido no Centro Convivência Antônio Diogo de valorização e resgate das histórias e memórias dos moradores e moradoras da antiga Colônia de Antônio Diogo
O Núcleo Morhan-Redenção (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) está promovendo uma campanha para a concretização de uma sala dedicada aos moradores do Centro de Convivência, por meio de uma Vakinha virtual intitulada “Campanha Sala dos Pacientes da Colônia Antonio Diogo”, para arrecadação de recursos no valor de R$ 12 mil reais.
O projeto prevê a construção de uma sala dentro do Memorial "Leprosaria da Canafístula", espaço cultural que integra o Centro de Convivência Antonio Diogo, dedicada a contar a história dos moradores da Colônia de Antônio Diogo, localizada no distrito de Redenção. Os recursos destinados a esta campanha serão utilizados para a compra de materiais para a exposição permanente.
Com a evolução do tratamento, a doença passou a ter cura e o que é melhor, os atingidos pela hanseníase não precisaram mais ser isolados do mundo’’, observa o diretor da Colônia, Francisco de Assis Guedes.
Segundo o diretor do Centro de Convivência, Francisco de Assis Duarte Guedes, a Colônia de Antônio Diogo, deixou de ser um simples depósito de doentes, para se transformar na principal referência da região no trabalho de tratamento, prevenção e diagnóstico da doença. “Além disto, parte das instalações do antigo hospital foi usada para montar o “Memorial Leprosaria Canafístula” que conta a história da hanseníase no Ceará.
O Memorial, no entanto, se deteve na história institucional. Chegou a hora de criar uma sala idealizada pelos pacientes, onde eles mesmos possam contar a sua história, expressar suas emoções através da arte, poesia e das muitas vivencias recontadas através das fotografias.
Sobre o Centro de Convivência Antônio Diogo
O Centro de Convivência Antonio Diogo, antigo Hospital Colônia, foi fundado em 1928 com o objetivo de promover a internação compulsória de indivíduos portadores de hanseníase. Muitos internos foram separados de suas famílias quando ainda eram crianças.
Na época da fundação, os internos da Colônia viviam isolados do mundo. O preconceito falava mais alto, até porque a doença não tinha cura e por ser altamente contagiosa obrigava a sociedade a trancafiar os doentes a fim de evitar o contágio.
Outros, em função da tenebrosa política do Estado Brasileiro, foram apartados de seus companheiros (as) e confinados em uma instalação completamente estranha a eles, de onde muitos nunca mais sairiam. Com o fim da política Estatal que obrigava os hansenianos a viverem nas chamadas “colônias”, muitos dos seus pacientes permaneceram nas instituições.
Neste espaço constituíram laços de amizade e tentaram produzir uma vida dentro dos muros. No tempo em que ficaram internados, criaram times de futebol, organizaram carnavais e produziram peças teatrais. Em suma, tentaram construir uma vida apesar da doença e da violência.
“Chegou a hora de ajudar a construir e a contar um pouco desta história. Colabore. Esta causa também é sua. Lembrar para não repetir”, finaliza o diretor.
Para contribuir com doações:
Colabore através de boleto bancário ou cartão de crédito
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