A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma elevação de 0,75 ponto . Em comunicado, o Copom atribuiu a elevação acima do previsto às incertezas externas e aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo. O órgão informou que elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros serão comandados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo. “O comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma re...
Projeto de Lei visa reduzir filas para assuntos que não precisem de atendimento presencial
Não é de hoje que os brasileiros precisam conviver com a morosidade e a burocracia nas repartições públicas do país. Apesar de o Brasil ter avançado 16 posições no ranking do Banco Mundial, segundo o relatório "Doing Business 2019", que faz o levantamento em 190 países do mundo, hoje ele ainda ocupa o 109º lugar.
Na contramão dessa realidade, o deputado federal Heitor Freire (PSL/CE) protocolou Projeto de Lei na Câmara dos Deputados que pretende minimizar a situação. O parlamentar solicita que os órgãos da administração pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal passem a disponibilizar em seus portais eletrônicos mecanismo próprio onde os cidadãos tenham acesso a informações relativas a seus direitos, informações pessoais e que possa facilitar alterações cadastrais, sem a obrigatoriedade de comparecimento presencial.
Com isso, o resultado esperado é uma maior celeridade nas questões que envolvem os órgãos e instituições públicas e a redução nas filas de atendimento: “O povo brasileiro já convive com tantos problemas graves para ainda ter que suportar a burocracia na administração pública que isso se tornou inadmissível. É muita perda de tempo e dinheiro, a demora atrapalha a vida das pessoas e impede o crescimento do país”, argumenta Heitor Freire.
As gigantes filas para o atendimento público são uma triste e revoltante realidade no país. Embora já se possa contar com mecanismos tecnológicos destinados a reduzir a necessidade da presença física dos cidadãos, ainda são recorrentes as queixas sobre a ausência desses mecanismos em vários órgãos da administração pública. O próprio Tribunal de Contas da União já reconheceu que o Brasil é tido como o “Campeão da Burocracia”, onde, segundo o IBOPE, sete em cada dez pessoas acham que o governo gasta mais do que precisa com procedimentos desnecessários e que afundam ainda mais as contas públicas. “Esse dinheiro precisa ser usado nos setores mais úteis ao cidadão, como a saúde, educação e segurança pública”, reforça o parlamentar.
Heitor Freire ressalta que alguns órgãos já saíram na frente nesse processo de modernização, facilitando o acesso à informação ao cidadão de forma mais simples, seja pela internet ou por ferramentas próprias. A Receita Federal, por exemplo, há anos já permite a entrega online da declaração de Imposto de Renda, além de consulta da situação dos contribuintes e restituições. Mas as queixas dos cidadãos são maiores. Procedimentos simples como mudança de endereço em DETRAN’s ou consulta e alteração de dados no Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, necessitam agendamento e atendimento presencial para a sua realização.
“Por essas e outras razões protocolei projeto de lei para trazer um dispositivo vetado na Lei 13.726/18, que na ocasião foi apontada dificuldade de execução em tempo hábil, mas que buscamos a correção dessa dificuldade ao estabelecer o prazo de um ano após a publicação para sua implementação”, explica o deputado federal.
O PL 4070/2019 está em tramitação na Câmara dos Deputados.
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