O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (20), durante a Cúpula do Mercosul , em Foz do Iguaçu, que enfrentar o crime organizado deve ser uma das prioridades do bloco, formado por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, não importando o perfil político dos governos dos países. Ele citou que o enfraquecimento das instituições democráticas é um dos problemas que abre caminho para atividades ilícitas. O presidente também citou uma série de ações em curso entre os países sul-americanos. "A segurança pública é um direito do cidadão e um dever do Estado, independentemente de ideologia. O Mercosul demonstrou disposição de enfrentar as redes criminosas de forma conjunta. Há mais de uma década, criamos uma instância de autoridades especializadas em políticas contra as drogas. Neste semestre, assinamos um acordo contra o tráfico de pessoas. Criamos uma comissão para implementar uma estratégia comum contra o crime organizado transnacional. Instituímos um gru...
GAECO deflagra mais uma fase da Operação Saratoga para combater falsificação de documentos públicos e particulares
Na manhã desta quinta-feira (24/10), O Grupo Especial de Combate às Organização Criminosas – GAECO, do Ministério Público do Estado do Ceará, com o apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado – COIN, deflagrou mais uma fase da Operação Saratoga, agora visando atingir o núcleo voltado para a falsificação de documentos públicos e particulares. Ao longo do dia, serão cumpridos 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa que atua em Fortaleza e Região Metropolitana. Um advogado e um contador estão entre os alvos desta operação. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos escritórios e residências deles.
Os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza e estão sendo cumpridos na cidade de Fortaleza (08 mandados de prisão preventiva e 09 mandados de busca e apreensão), Caucaia (02 mandados de prisão preventiva e 01 mandado de busca e apreensão), Pacatuba (02 mandados de prisão preventiva e 02 mandados de busca e apreensão) e também no Sistema Prisional do estado (02 mandados de prisão preventiva e 02 mandados de busca e apreensão). Esse trabalho contou com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Estado – DTO, e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária – COINT/SAP.

Além dos mandados que estão sendo cumpridos hoje, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas deferiu outros cinco mandados de prisão preventiva, que permaneceram em aberto em face da não localização dos acusados.
A Investigação
As investigações da Operação Saratoga, iniciadas pelo GAECO com o apoio da COIN ainda em 2016, identificaram e individualizaram as condutas criminosas perpetradas por membros de uma organização criminosa especializada na ampla e indiscriminada falsificação de documentos públicos e particulares, e no uso e na comercialização sorrateira de tais papéis. O material propiciava a prática dos mais diversos golpes na praça, desde compras fraudulentas no comércio à captação de empréstimos financeiros de altos valores, passando por roubo/furto, receptação e adulteração de veículos automotores, além de fraudes no pagamento de fianças.
Na estrutura da organização criminosa existia uma figura central, que, tendo uma visão global e completa do negócio, fazia o contato com os “clientes”, fornecedores e receptadores, e realizava as negociações necessárias para a consecução dos objetivos criminosos do grupo.
Uma vez as encomendas tendo sido realizadas, entrava em cena a célula da organização especializada na confecção física dos papéis.
Os suspeitos eram experts na fabricação fraudulenta de documentos de transferência veicular (DUTs), carteiras de identidade, carteiras profissionais e de habilitação, títulos de eleitor, cartões de crédito, procurações, “batidas de chassi”, boletos e comprovantes de pagamento de fiança criminal, certificados e certidões escolares, e contracheques. Para cada ramo da atividade, havia um grupo específico dentro da organização para onde era endereçado o material criminoso.
Comentários
Postar um comentário
Expresse aqui a sua opinião sobre essa notícia.