A tentativa de feminicídio que sofreu em 6 de fevereiro de 2017 ainda provoca uma mistura de sentimentos e lágrimas na agente de educação infantil do município do Rio de Janeiro Evelyn Lucy Alves da Luz, de 44 anos. Os tiros que levou do ex-marido estão marcados nela e na filha, que na época tinha 6 anos e assistiu a tudo. “Ele desferiu os tiros na frente da criança. Ela presenciou a mãe sendo quase morta, tornando esse crime ainda mais cruel”, contou em entrevista à Agência Brasil , enquanto participava de manifestação contra o feminicídio, na Praia de Copacabana. Evelyn disse que a filha carrega o trauma até hoje. “Infelizmente, ela ainda está muito traumatizada, não fala sobre o assunto. Até hoje, luto para que tenha uma vida saudável e plena, mas é muito difícil tendo vivenciado o que vivenciou”, afirmou. Evelyn Lucy Alves da Luz, vitima de tentativa de feminicídio, denuncia violência de que foi vítima - Foto Cri stina Indio do Brasil/Agê...
Após 14 horas de julgamento, Elson Siebra de Deus, de 47 anos, foi condenado em regime fechado por homicídio qualificado e posse de arma de fogo e munição.
O réu Elson Siebra de Deus, de 47 anos, acusado de matar a professora Silvany Inácio de Souza, na Praça da Sé, no município do Crato, foi condenado a 46 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado nesta sexta-feira (24), no auditório do Fórum Hermes Parahyba, no Bairro São Miguel.
Silvany foi assassinada em agosto de 2018, aos 25 anos, durante a festa da padroeira do município. A polícia afirmou na época que o ex-companheiro da vítima não aceitava o fim do relacionamento. Após o crime, Elson chegou a se esconder dentro de uma residência próximo da praça, no entanto, a polícia conseguiu entrar e prender o homem. Com ele, os agentes de segurança apreenderam três armas.
Após 14 horas de julgamento, Elson foi condenado por homicídio qualificado e posse de arma de fogo e munição, com os agravantes de usar meio que impossibilitou a defesa da vítima e perigo comum as pessoas que estavam no local.
A defesa do acusado, durante a sessão, sustentou a tese que Elson sofre de distúrbios mentais e tentou apresentar um laudo médico, que foi negado por não ter sido anexado ao processo no tempo permitido. Após a condenação, o advogado saiu sem falar sobre o caso.
A tese da defesa foi contestada pela acusação, que comemorou o resultado do julgamento. “Fomo felizes em demonstrar de forma muito clara para os jurados que essa tese por ele trazida em plenário não tinha respaldo em todo conjunto probatório que constava nos autos”, afirma Emanuel Jorge de Morais Santana, defensor público que atuou como assistente de acusação.
A mãe de Silvany, Cícera de Sousa, analisou a condenação de Elson como um “alívio”. “Estou muito confiante que essa justiça foi feita. Não é porque ele foi condenado esse tanto de anos que minha filha volta não, é a responsabilidade que eu tenho com o filho dela, de 4 anos”, disse.
Para a presidente do Conselho da Mulher do Crato, Vêronica Isidório, o resultado do julgamento foi satisfatório para a luta contra a violência da mulher. “A gente acompanha com muito pesar, mas sempre fica satisfeita quando o resultado vem de uma forma a aplicar mesmo a justiça e responsabilizar o agressor pelo delito cometido”.
Na manhã desta sexta-feira (24), a instituição organizou um protesto na frente do fórum.
Informação Gato a Jato
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