A sífilis, assim como as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), é considerada um problema de saúde pública e está entre as doenças transmissíveis mais comuns, afetando a saúde e a vida das pessoas em todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, são mais de 12 milhões de pessoas acometidas a nível mundial.
Segundo o ginecologista, José Eleutério Jr, a sífilis é uma doença secular e tem um tratamento e diagnóstico relativamente simples, apesar de permanecer entre nós com alta frequência. “No Brasil, a doença tem apresentado uma incidência considerável, isso se deve primeiramente, ao aumento dos casos em si, ao comportamento das pessoas , o não tratamento dos parceiros, como também aos avanços e melhorias dos resultados dos diagnósticos”, explica.
As IST têm um impacto direto sobre a saúde reprodutiva e infantil, porquanto acarretam infertilidade e complicações na gravidez e no parto, além de causar morte fetal e agravos à saúde da criança.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde – SESA, no ano passado, o Ceará chegou a registrar o maior número de casos de sífilis congênita de gestantes, em nove anos. Durante a gestação a mãe é notificada e entra em tratamento, o que pode evitar a contaminação da criança. Após o parto, mesmo em casos em que a criança não apresente sintomas, passa por exames e se confirmado, inicia tratamento.
De acordo com Eleutério Jr. Homens e mulheres sem gravidez, devem procurar as unidades de saúde, caso apresentem algum sintoma. O acesso aos testes rápidos nas redes de saúde contribui para a realização de mais exames. A notificação é compulsória. “Esse processo permite que o Estado notifique e trate todos os infectados”, conclui. Não esqueça que o 3º sábado de outubro é o dia nacional de combate a sífilis e a sífilis congênita.
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