Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro descobriram que o exercício físico é o ponto de partida para a cura do Alzheimer. De acordo com a pesquisa, a irisina, hormônio produzido pelos músculos através da atividade física, tem um grande poder quando chega na corrente sanguínea e é levada até o cérebro. Ela fortalece os prolongamentos dos neurônios, responsáveis pela conexão entre as células, assim as informações são registradas na memória, uma função prejudicada nas pessoas com Alzheimer.
Para o médico ortopedista Rodrigo Astolfi, já tem algum tempo que a atividade física é estudada como fator benéfico para problemas cardíacos, reduz a pressão arterial e a incidência de câncer, controla diabetes e recentemente tem-se estudado sobre os benefícios para quem tem ou possa ter Alzheimer. A irisina, hormônio produzido durante a musculação é o responsável por todo esse benefício. De acordo com as pesquisas, o hormônio será a base para um futuro remédio que previna, estacione ou até mesmo combata o Alzheimer.
“Esse hormônio vem da degradação do músculo e nós conseguimos isso fazendo atividade física e principalmente aqueles exercícios vigorosos, aqueles que nos deixa um pouco doloridos quando terminamos de fazer. É importante ressaltar que exercícios vigorosos envolvem riscos, ficar dolorido demais pode significar lesões e por isso existe um nível ideal de exercícios para que tenhamos o máximo de benefícios sem riscos”, explica.
O ortopedista indica musculação, pilates, corrida e caminhada, ou qualquer exercício que gere fortalecimento muscular e um certo cansaço, como responsáveis pela produção de irisina. Ele ainda sugere que a atividade física seja orientada por um educador físico ou fisioterapeuta para que seja evitado qualquer tipo de lesão. Para Rodrigo, a musculação seria o mais indicado por permitir o fortalecimento de alguns músculos que possam estar mais fracos, alongar outros que estão muitos curtos, proporcionando um equilíbrio muscular, importante para a saúde.
“Fazer atividade física diariamente e fortalecer os músculos desde a juventude, vai fazer com que você tenha um corpo mais equilibrado, menos lesões ortopédicas, um estoque maior de cálcio nos ossos, evitando a osteoporose, como também a produção da irisina que significa uma certa proteção contra o Alzheimer", conclui.
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