Um ano de pandemia: Trombose e problemas vasculares são sequelas comuns em pacientes que sobreviveram à doença
Além de ser uma enfermidade pulmonar, a Covid-19 é considerada uma doença vascular. É o que indica resultados de estudos realizados por cientistas brasileiros do Paraná. O levantamento foi realizado a partir de análises de amostras de pacientes que vieram a óbito pela doença, sendo constatada a presença de lesões nas células que revestem vasos sanguíneos dos pulmões, o que pode levar a um quadro de trombose.
De acordo com a angiologista e cirurgiã vascular membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Ceará – SBACV Juliana Alfaia, a nova variante do coronavírus além de atingir uma faixa maior de transmissibilidade, também se tornou mais letal, por isso, os cuidados neste momento precisam ser redobrados.
“Quem alcança o 21º dia da doença bem, alcançou a fase da convalescência, porém os cuidados não param aí. É hora de fazer um acompanhamento clínico para avaliar os exames e os sintomas apresentados, para evitar complicações a longo prazo como trombose, infarto, derrame e até mesmo que o paciente evolua para amputação de membros afetados”, explica a especialista.
O desenvolvimento de tromboses, seja arterial ou venosa, em membros superiores é muito pequeno. Com a Covid-19, foi observado que este número foi muito maior do que quando analisado na prática do dia a dia. Os resultados demonstraram que o endotélio, que reveste os vasos, estava sendo lesado pelo vírus e, consequentemente, pela inflamação causada por ele. Os profissionais de saúde da linha de frente, assim como os estudos, sugerem que o uso de anticoagulantes precocemente pode ajudar no tratamento da Covid-19, com a finalidade de evitar os trombos, tanto nos membros superiores, quanto inferiores.
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