O tradicional ato de comemoração do Dia da Consciência Negra em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares, foi celebrado na manhã de hoje (20) no centro da cidade do Rio de Janeiro. A manifestação começou logo cedo, com uma roda de capoeira.
O presidente do Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo de Oliveira, conhecido como Negrogun, lembra que, em 2021, completam-se 50 anos desde a primeira comemoração da Consciência Negra no país.
“Estamos celebrando a vida e a liberdade. A vida porque essa pandemia ceifou tantas vidas nossas, que, nós, que ainda estamos vivos, temos que celebrar a memória deles que já foram. E a liberdade temos que celebrar sempre, ainda mais num momento em que vemos tantas injustiças, tantos jovens sendo presos, por reconhecimentos absurdos por fotos”, disse Negrogun.
“O racismo não é uma questão individual, personalista. O racismo não é um traço do indivíduo. Ele é uma condicionante que forma a estrutura da nossa nação. Nossa nação foi forjada a partir de princípios que são completamente racistas. A própria ideia de escravidão, como ela se deu, já é o maior sinal disso”, explica o coordenador de Promoção da Igualdade Racial do município do Rio de Janeiro, Jorge Freire.
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