Fundação Nacional do Índio (Funai) está empregando, em conjunto com a Força Nacional, cerca de 15 servidores para atuar diretamente nas buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos desde domingo (5) na Amazônia.
“A área do Vale do Javari é aproximadamente o tamanho de Portugal, é uma área bastante inóspita. Lá tem aproximadamente de 8 [mil] a 10 mil indígenas isolados e de recente contato e faz fronteira com o Peru. O local onde se deu o desaparecimento é muito próximo ao Peru inclusive”, explicou o presidente da Funai, Marcelo Xavier, em entrevista ao programa A Voz do Brasil desta quarta-feira (8). Hoje, a Polícia Federal realizou uma entrevista coletiva para dar mais detalhes sobre a operação.
Segundo Xavier a investigação está em andamento e já foram ouvidas algumas pessoas em Atalaia do Norte.
De acordo com o presidente do Ibama, o servidor da Funai, Bruno Pereira, estava de licença para tratar de assuntos particulares. “Essa não foi uma missão comunicada à Funai. A Funai de forma nenhuma emitiu algum tipo de autorização para ingresso nessa área indígena”. Segundo ele, há todo um procedimento a ser adotado para ingresso em áreas de indígenas isoladas por conta do comportamento desses povos – que podem interpretar esse ingresso como uma ameaça – e até mesmo por conta dos protocolos de prevenção da covid-19.
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