O líquido da casca da castanha-de-caju (LCC) já é um velho conhecido de pesquisas da Universidade Federal do Ceará. Com vasta aplicação tecnológica, a matéria-prima já foi pauta de reportagens na Agência UFC sobre seu uso na geração de produtos que vão de inseticidas a antimicrobianos e antifúngicos. Agora, o LCC rendeu à Universidade sua mais nova patente.
A invenção patenteada busca resolver os problemas inerentes à produção de óleos lubrificantes, destinados ao uso pela indústria (em maquinários, por exemplo). Quando feitos a partir de origem mineral, com derivados de petróleo, esses produtos são tóxicos para o meio ambiente, por possuírem descarte difícil e serem obtidos por meio de uma fonte não renovável.
![Imagem: O LCC, de coloração preta, é extraído durante o processo de obtenção da amêndoa da castanha-do-caju (Foto: Viktor Braga/UFC)](https://www.ufc.br/images/ft_230207_lcc_gr.png)
Já no caso de lubrificantes a partir de óleos vegetais, ainda que sejam mais vantajosos do ponto de vista produtivo e ambiental, há outros problemas: é uma produção que entra em conflito com os setores agrícolas e alimentícios, pela necessidade de áreas extensas para plantio da matéria-prima e altos custos econômicos ou sociais.
Por isso, o lubrificante feito a partir do LCC se apresenta como uma alternativa, já que o líquido é um subproduto normalmente extraído durante o processamento da castanha-de-caju para obtenção da amêndoa (o principal objetivo dessa indústria). Como já está inserido em um processo produtivo bem estabelecido, o uso do LCC contorna os problemas de custos e conflitos apresentados pelos óleos vegetais.
Os detalhes sobre essa produção estão disponíveis na matéria desta semana da Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade.
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