Chacina do Curió: Segundo julgamento com oito réus acontece na próxima terça (29); Defensoria atua junto às famílias
Acontece na próxima terça-feira (29/8) o segundo julgamento dos policiais militares acusados dos assassinatos de 11 pessoas na Chacina do Curió. O caso ocorreu entre os dias 11 e 12 de novembro de 2015, na Grande Messejana, periferia de Fortaleza. O julgamento será realizado no primeiro salão do júri Fórum Clóvis Beviláqua, na capital cearense. A exemplo do que se deu no primeiro julgamento, em junho último, quando quatro PMs foram condenados, a Defensoria Pública do Ceará (DPCE) vai atuar como assistente da acusação , representando as mães, pais e as esposas do Curió, ao lado do Ministério Público do Estado (MPCE). Desta vez, oito policiais serão levados a júri popular.
Um terceiro julgamento, com outros oito acusados pelos crimes, já está agendado para a primeira quinzena de setembro também com atuação das defensoras e defensores públicos. Ao todo, o caso tem 30 réus – cuja tese que lhes pesa contra é a de terem agido de forma deliberada, embora tenham escolhido as vítimas de maneira aleatória.
“Assim como fizemos no primeiro julgamento, vamos acompanhar este segundo júri de dentro, como parte da acusação, e de perto, oferecendo todo o suporte necessário às famílias das vítimas e testemunhas. Essas pessoas, sobretudo as mães e pais, estão há oito anos com a vida em suspenso, esperando por respostas e, acima de tudo, por justiça”, diz a defensora geral Elizabeth Chagas.
As 11 vítimas da Chacina são: Álef Souza Cavalcante, de 17 anos; Antônio Alisson Inácio Cardoso, de 17 anos; Francisco Enildo Pereira Chagas, de 41 anos; Jandson Alexandre de Sousa, de 19 anos; Jardel Lima dos Santos, de 17 anos; José Gilvan Pinto Barbosa, de 41 anos; Marcelo da Silva Mendes, de 17 anos; Patrício João Pinho Leite, de 16 anos; Pedro Alcântara Barroso, de 18 anos; Renaylson Girão da Silva, de 17 anos; e Valmir Ferreira da Conceição, de 37 anos.
A Chacina do Curió é a maior da história de Fortaleza. “Essa vitória é da nossa periferia, é do nosso povo periférico, é dos nossos jovens. É libertar os jovens das mortes”, sintetizou Edna Carla Souza Cavalcante, mãe de Álef, logo após o resultado do primeiro julgamento. Ela integra o movimento Mães do Curió Lutam por Justiça.
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