A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma elevação de 0,75 ponto . Em comunicado, o Copom atribuiu a elevação acima do previsto às incertezas externas e aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo. O órgão informou que elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros serão comandados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo. “O comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma re...
Pensar em moda inclusiva para corpos diversos ainda é um desafio em todo o País. De acordo com o IBGE, vivem no Ceará cerca de 949 mil pessoas com deficiência. Para contemplar este segmento da população, que é desafiado cotidianamente nas ruas, escolas, universidades e ambientes de trabalho, a Secretaria da Proteção Social (SPS), realiza, na próxima segunda-feira (9), às 14h, no Shopping RioMar Fortaleza (Praça de Eventos, Piso L3), o 5° Concurso do Ceará Moda Acessível. O evento vai incluir e levar para a passarela dez modelos com diferentes tipos de deficiências, todas atendidas no Centro de Profissionalização Inclusiva para a Pessoa com Deficiência (Cepid).
Luciana Lima (28) é atleta de vôlei sentado e foi a primeira cearense a ser convocada para seleção brasileira nesta modalidade. Além de atleta, ela trabalha no setor financeiro do Instituto Compartilha e cursa administração na Universidade de Fortaleza (Unifor). “Nada é fácil pra gente. Todos os dias precisamos criar novas formas de vencer os obstáculos que a sociedade nos impõe enquanto pessoa com deficiência, seja com capacitismo ou com a falta de acessibilidade. Desde que fui atropelada, quando tinha só 17 anos e precisei amputar uma perna, entendi que nós precisamos lutar pelas nossas causas, nossa autonomia e nosso direito de ter acessibilidade”, frisa Luciana Lima.
“É muito bom fazer parte de um evento que traz visibilidade para as pautas que lutamos, que é o desejo de ser visto e de ter nossos direitos assegurados. Como uso prótese e sou uma mulher alta, tenho ainda muita dificuldade com roupas e chinelos, e acho que o Ceará Moda Acessível traz atenção para essa necessidade. É urgente que se criem peças acessíveis para PCDs”, reitera a atleta, enquanto faz a prova da roupa criada sob medida para ela.
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