Após realizar busca ativa, Ceará não identifica casos de sarampo; último registro da doença no Estado ocorreu em 2021
Municípios cearenses participaram da semana de vigilância e combate ao sarampo
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) promoveu junto aos municípios do Estado, entre os dias 23 e 27 de outubro, a Semana S, uma busca ativa com o objetivo de identificar, notificar e controlar de forma efetiva casos suspeitos de sarampo. Durante a ação foram identificados seis casos suspeitos da doença, mas as ocorrências foram descartadas após constatações de resultados negativos obtidos nos resultados dos exames laboratoriais”.
De acordo com a assessora técnica do Grupo Técnico das Doenças Preveníveis por Vacinas da Sesa, Karizya Veríssimo, as equipes de saúde realizaram a busca através da análise de fichas e prontuários de atendimentos para averiguar a situação dos seis pacientes com sintomas semelhantes ao do sarampo.
“A Semana S foi realizada com as equipes dos municípios cearenses, com a atuação de 1.978 unidades. A busca ativa mobilizou os profissionais de saúde para realizar uma investigação dos casos suspeitos da doença dos últimos 30 dias”, explica.
Ação nos municípios
Um dos casos descartados foi de uma criança de nove meses, moradora de São Gonçalo do Amarante, com quadros de tosse, febre e exantema. Na ocasião, a mãe do bebê procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para tratar dos sintomas do filho. Durante o atendimento, a equipe da UBS colheu os exames laboratoriais para a comprovação das suspeitas e acionou o setor de Vigilância em Saúde.
Equipe de saúde do município de São Gonçalo durante as atividades da Semana S
“Os testes foram enviados para o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) e retornaram aos profissionais de saúde com o resultado negativo para a doença. Apesar disso, nós não encerramos o caso. Com 15 dias do resultado, enviamos uma segunda amostra para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com a negativa novamente, aí sim, nós encerramos o caso”, detalha Izabelle Martins, enfermeira e assessora técnica da Vigilância Epidemiológica e Sanitária de São Gonçalo do Amarante.
Sobre a doença
A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar, por isso, a elevada contagiosidade da doença. Pela alta contagiosidade, nove em cada dez pessoas suscetíveis com contato próximo a uma pessoa com sarampo desenvolveram a doença. O sarampo tem como sintomas principais: febre, exantema, tosse, coriza e/ou conjuntivite.
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