O filho de Mãe Bernadete, Jurandir Wellington Pacífico, criticou esta semana a linha de investigação que relaciona o assassinato de sua mãe ao tráfico de drogas em Simões Filho (BA), município do quilombo Pitanga dos Palmares. A Yalorixá foi assassinada com 22 tiros, no dia 17 de agosto. Para ele, envolvidos com o tráfico teriam sido contratados para livrar "gente grande por trás" do crime.
“O tráfico de droga foi contratado para eliminar Mãe Bernadete porque se der problema cai no colo do tráfico. Isso porque tem gente grande por trás. Então, fica muito fácil colocar a culpa no tráfico para se livrar. Está todo mundo vendo que isso foi um cala a boca, tá na cara. Ainda mais que os caras conheciam minha mãe e não queriam problema com minha mãe. Foi um cala a boca, porque o crime repercutiu”, afirmou.
Três meses após o assassinato, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), com base em investigação realizada pela Polícia Civil do estado, ofereceu denúncia contra cinco suspeitos de participarem do crime, dos quais quatro integram uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas, segundo nota do MP divulgada na semana passada.
Eles foram acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, de forma cruel, com uso de arma de fogo e sem chance de defesa da vítima. Segundo outra nota da Polícia Civil, a “principal motivação foi a retaliação de um grupo responsável pelo tráfico de drogas naquela região”.
Jurandir Pacífico, no entanto, diz que nem a família, nem a comunidade de Pitanga dos Palmares, aceitam essa hipótese. Ele acrescentou que peritos particulares foram contratados para analisar as investigações. Entre as evidências apresentadas pela polícia está um áudio de um dos suspeitos informando que Mãe Bernadete mandaria a polícia atrás dos demais suspeitos.
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