Febre do Oropouche é tema de seminário direcionado a profissionais de saúde; Sesa orienta sobre prevenção da doença
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realiza, no próximo dia 12 de agosto, o seminário “Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará”. O objetivo é discutir epidemiologia, vigilância, prevenção, tratamento e controle diante do aumento de casos da doença no estado.
O seminário acontece no auditório da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), das 8h às 17h. Durante a programação, haverá apresentação do cenário epidemiológico da doença no estado. Além disso, serão discutidas estratégias de vigilância para monitoramento e resposta à enfermidade e ainda medidas de controle vetorial e prevenção.
Podem participar médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde que atuam na identificação, estratificação de risco e manejo clínico de pacientes com casos suspeitos ou confirmados da doença. As inscrições estão disponíveis on-line.
De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antonio Silva Lima Neto (Tanta), o vírus causador da enfermidade não era comum na Região Nordeste. “Ele era um vírus que circulava muito raramente em algumas áreas da Amazônia, mas que, principalmente, depois de 2023, passou a ser encontrado em diversas áreas do Brasil e, aqui no Ceará, mais recentemente, a partir de maio de 2024”, pontua.
Sobre a doença
A febre do Oropouche (FO) é uma doença viral transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim, polvinha ou mosquito-pólvora, entre outras denominações.
Os sintomas mais comuns, que duram entre dois e sete dias, são febre, dor de cabeça e dores musculares. Também há relatos de tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, sensibilidade excessiva à luz, náuseas e vômitos.
Por ter sintomas parecidos com os de outras arboviroses, como dengue e zika, o diagnóstico precisa ser feito por meio de exame laboratorial. É recomendado procurar acompanhamento médico e permanecer em repouso.
Casos no Ceará
Os casos confirmados no Ceará, até o momento, foram na região do Maciço do Baturité
Foram confirmados, até o momento, casos de febre do Oropouche nos municípios de Pacoti, Aratuba, Palmácia, Redenção e Mulungu, localizados no Maciço do Baturité.
Os registros da doença se concentram em regiões de zona rural, com características específicas como vales ou áreas baixas de encostas, com água corrente, utilizadas para a agricultura; plantações que geram sombras e acúmulo de matéria orgânica, como as de banana e chuchu; casas de alvenaria construídas a menos de cinco metros de áreas de cultivo; e locais com baixa circulação de ventos e maior umidade do ar.
Medidas de prevenção e controle
De acordo com o secretário, a população deve ficar atenta às medidas de prevenção, principalmente as mulheres grávidas, que devem redobrar os cuidados.
“É necessário minimizar a exposição à picada dos mosquitos e seguir algumas orientações, como utilizar roupas compridas e sapatos fechados; aplicar repelente nas áreas do corpo expostas; e instalar mosquiteiros e telas em portas e janelas, com fibras de tamanho inferior a dois milímetros”, orienta.
Também é recomendado evitar as áreas onde estejam ocorrendo as transmissões ativas, especialmente locais de mata e beira de rios, principalmente nos horários de maior atividade do mosquito (9h às 16h).
Serviço:
Seminário “Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará”
12 de agosto de 2024
8h às 17h
Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) – Av. Antônio Justa, 3161 – Meireles
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