Fortaleza reduz em 90% os casos de dengue e mantém controle do mosquito Aedes aegypti Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) mostra que a capital mantém controle do mosquito com índice de 1,01, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde
Fortaleza registrou uma redução de 90% nos casos confirmados de dengue em comparação a 2024. De janeiro a outubro de 2025, foram 5.319 casos suspeitos, com 352 confirmações e nenhum óbito. No mesmo período do ano anterior, foram 11.923 casos notificados, 3.197 confirmados e dois óbitos. Os dados são da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS).
Além disso, de acordo com o quarto e último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, realizado pela Prefeitura de Fortaleza, a capital cearense apresentou índice de infestação de 1,01, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde.
Entre os dias 13 e 17 de outubro, as equipes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covis), da SMS, visitaram 49 mil imóveis, dos quais 495 apresentaram focos de larvas do mosquito. Dos 121 bairros da cidade, 67 registraram índice satisfatório; 42 apresentaram sinal de alerta; e dois estão em situação de risco devido à presença de criadouros nas residências visitadas: Paupina e Aerolândia, ambos localizados na Regional 6.
Nesses locais, as equipes de endemias já iniciaram ações intensificadas de controle em pontos críticos, com o objetivo de reduzir a reprodução do mosquito e prevenir a transmissão das arboviroses. O resultado satisfatório reflete o trabalho contínuo da Prefeitura de Fortaleza nas ações de prevenção, vigilância e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Apesar dos dados positivos, a secretária da Saúde, Riane Azevedo, alerta que não devemos nos descuidar. “O levantamento do LIRAa, aliado a outras estratégias, tem sido essencial para direcionar as ações de prevenção e manejo ambiental”, disse.
Ações permanentes de controle
O mosquito circula durante todo o ano, por isso, a Prefeitura de Fortaleza mantém o monitoramento constante e reforça as ações antes e durante o período chuvoso, quando há mais acúmulo de água.
Entre as principais ações realizadas estão:
• Visitas domiciliares;
• Aplicação de inseticidas (ação química espacial e residual – UBV);
• Atendimento a denúncias de focos por meio do número 156;
• Monitoramento do vetor;
• Ações de educação em saúde e mobilização social;
• Bloqueio de casos confirmados de arboviroses;
• Recolhimento de pneus e mutirões de limpeza.
O coordenador de Vigilância em Saúde da SMS, Josete Malheiro, reforça que o combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade compartilhada entre poder público e população. “As visitas domiciliares incluem inspeção das áreas internas e externas, orientação sobre medidas de prevenção e aplicação de larvicidas quando necessário. A população deve manter cuidados como verificar ralos, cisternas, caixas d’água e vasos de plantas, retirar pratinhos, tampar recipientes com água, descartar o lixo corretamente e manter piscinas tratadas, mesmo fora de uso”, orienta o coordenador.
Sobre o LIRAa
O Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) é uma ferramenta estratégica que permite identificar a presença do vetor nos bairros da cidade, orientando ações de mobilização social, mutirões de limpeza, vistorias, fiscalização e campanhas educativas.
A partir dos resultados, as equipes de mobilização e combate às endemias intensificam as inspeções, a sensibilização da comunidade e a eliminação de focos nas áreas com maior necessidade de intervenção. A pesquisa é realizada em todo o território nacional, em período não epidêmico. O Ministério da Saúde recomenda que os municípios executem quatro levantamentos anuais.
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