Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023. A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar. No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”. Registros audiovisuais As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um mo
O Brasil tem, hoje, 8,46% de sua população na faixa etária acima de 65 anos. Até 2030, a previsão é que esse índice seja de mais de 13%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram, ainda, que a expectativa de vida ao nascer – hoje, de 76 anos, em média – poderá chegar a 78,5 anos no final da próxima década. Com esse aumento, cresce também a atenção ao bem-estar de pessoas idosas. Evitar traumas causados por quedas é um dos principais fatores para isso e deve começar em casa.
Fraturas como as de quadril, além de limitarem a mobilidade e a execução de tarefas do dia a dia por longos períodos, podem, até mesmo, colocar em perigo a vida do paciente. Um levantamento publicado na Revista Brasileira de Ortopedia apontou índice de mortalidade de 23,6% entre pessoas com idade superior a 65 anos, internadas por esse problema.
“O risco de morte de uma mulher de 50 anos, por exemplo, após quebrar o fêmur, é o mesmo que se apresentaria caso ela tivesse câncer de mama. Isso se dá porque o corpo reage à fratura destinando seus recursos para resolver esse problema, o que pode descompensar outras funções do organismo, como a pressão e ventilação pulmonar e o desempenho do sistema imunológico”, explica Luiz Fernando Cocco, ortopedista e coordenador do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo.
Com técnicas e protocolos modernos, hoje em dia um paciente que passa por cirurgia do fêmur volta a caminhar com apoio assim que acaba o efeito da anestesia e pode ter alta em 24 horas, desde que tenha condições clínicas estáveis – com boas funções renal, pulmonar e cardiovascular – e não apresente dor.
“A Medicina avançou para dar a essas pessoas a chance de retomarem suas atividades diárias no menor tempo possível, reduzindo o período de hospitalização. Mas os riscos de uma intervenção dessa importância não terminam na alta, já que podem haver novas quedas e outras complicações. Por isso, a prevenção desses traumas é o melhor caminho para garantir a qualidade de vida de uma população que está vivendo cada vez mais”, afirma Luiz Fernando.
Segundo o ortopedista, 90% dos acidentes que levam à fratura de ossos – 50% dos casos envolvem o fêmur – ocorrem em casa. Por isso, o médico lista, abaixo, as quatro principais dicas para adaptar as residências, de forma a minimizar as chances de queda:
Chão – Mantenha tapetes e fios elétricos fora do caminho, os pisos limpos – sem água ou gordura – e não use cera. No banheiro, utilize tapetes antiderrapantes no boxe e em frente à pia e ao vaso sanitário. Nas escadas, instale piso antiderrapante;
Iluminação – Utilize lâmpadas de 100 watts ou mais, em todos os cômodos, e tenha os interruptores em locais de fácil acesso, como cabeceiras, perto das portas e nas extremidades da escada. Sempre acenda a luz para ter acesso a um cômodo, mesmo que esteja muito familiarizado com o ambiente. Manter a luz do banheiro acesa durante a noite também pode ajudar;
Apoio para caminhar – Instale corrimão dos dois lados de corredores, escadas e vias de acesso de forma geral. No banheiro, utilize também barras de apoio no boxe e próximo ao vaso sanitário;
Armários – Guarde objetos, utensílios e roupas utilizados no dia a dia em armários até a altura da cintura – isso evita que seja necessário subir em algo para alcançá-los ou que o peso deles acarrete um tombo.
“Além de adotar esses cuidados, é importante fazer visitas regulares ao médico, para controle de doenças crônicas, exames de acuidade visual e auditiva, ajuste de medicação – quando necessário – e orientações sobre atividades que preservem a coordenação, a flexibilidade, a força e o equilíbrio”, completa o médico.
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