Se consolidando como referência na política de segurança viária, Fortaleza segue reduzindo a violência no trânsito. Durante os últimos dez anos, o índice de mortes de janeiro a outubro caiu 61% nas vias da Capital. Fazendo uma correlação, em 2012 nesse mesmo período foram registrados 312 óbitos em 2012, em 2022 cerca de 123 pessoas perderam a vida.
Só nos primeiros 10 meses de 2021, 155 vítimas fatais contabilizadas e esse ano o número é inferior 20%. De acordo com o levantamento realizado pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), os motociclistas lideram o ranking com 51% dos casos, seguido por 36% pedestres, ciclistas (7%) e ocupantes de automóveis (6%).
“A responsabilidade no trânsito é compartilhada entre poder público e a sociedade. Enquanto concentramos nossos esforços em garantir infraestruturas adequadas, ações de educação e fiscalização para coibir condutas irregulares, os usuários devem cumprir seu dever de respeitar a sinalização e as regras de circulação”, conta Antônio Ferreira, superintendente do órgão.
Mesmo com a redução no número de óbitos, Ferreira explica que o planejamento das ações de mobilidade urbana segue a premissa do programa Visão Zero de que nenhuma morte no trânsito é aceitável. Esse conceito parte do pressuposto de que os erros humanos são inevitáveis e de que é possível reduzir os acidentes e suas consequências por meio de planejamento urbano.
“Nossa prioridade é salvar vidas. Por isso, temos trabalhado de forma incessante para que o sistema viário seja projetado de modo que o erro humano não gere resultado grave nem fatal”, comenta.
Políticas públicas
No sentido de incentivar uma conduta segura por todos que compartilham o trânsito, a AMC tem adotado um conjunto de medidas que salvam vidas. Dentre elas:
– readequação da velocidade em ruas e avenidas com alta taxa de acidentalidade;
– intervenções voltadas ao pedestre como travessias elevadas, extensão de calçadas, esquina segura, praças vivas e áreas de trânsito calmo;
– faixas de retenção para motocicletas;
– ampliação da rede cicloviária e das faixas exclusivas de ônibus.
Para estimular a adoção de um comportamento mais prudente, o órgão tem intensificado comandos de fiscalização. Até o momento, agentes em campo realizaram 342 operações da Lei Seca. 26.458 veículos foram abordados e 14.008 testes realizados. Destes, 73 deram positivo e houve 772 recusas.
Plano de segurança viária
Para consolidar as políticas públicas que contribuem com a redução do número de mortes no trânsito, o prefeito José Sarto sancionou no final de junho a lei que cria o Plano Municipal de Segurança no Trânsito. O plano torna Fortaleza a primeira capital do país a criar uma lei municipal sobre o tema.
O objetivo é institucionalizar e aperfeiçoar as políticas de prevenção a acidentes, assegurando que os avanços obtidos sejam continuados e a taxa de óbitos no trânsito caia para a metade no prazo de dez anos.
Com informações da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Comentários
Postar um comentário
Expresse aqui a sua opinião sobre essa notícia.