Fundado em 1990, o Carmelitas, um dos mais tradicionais blocos de rua da cidade do Rio de Janeiro, realiza este ano o carnaval do renascimento, "depois de quatro anos de trevas e da pandemia”, disse o fundador e presidente do grupo, Alvanisio Damasceno. “A ideia é essa: carnaval de renascimento, de reconstrução”.
A camiseta criada para o bloco pelo artista plástico e arquiteto Flavio Papi faz alusão ao renascimento e à reconstrução, após o fim do governo anterior e dos atos antidemocráticos no país. A obra de Papi tem como base os Arcos da Lapa.
A imagem do país é representada por um bonde vermelho, cor do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Tem uma mulher erguendo o bonde, tem as cores verde e amarelo, na mesma tentativa de retomada das cores do Brasil, para não virar uma coisa só da direita e ser uma mais nacional mesmo”, disse Damasceno. O artista plástico Flavio Papi ficou conhecido nacionalmente pelos projetos para as exposições Os 100 anos de Oscar Niemeyer e 50 Anos de Brasília.
O Carmelitas é considerado um dos blocos mais fiéis ao seu território, procurando promover, todos os anos, a união entre os moradores do asfalto e dos morros de Santa Teresa, bairro da região central da cidade. O bloco tem cerca de 200 integrantes, incluindo a bateria, e atrai em torno de 10 mil pessoas a cada saída.
Desfiles
Estão previstos dois desfiles no carnaval deste ano. O primeiro hoje, com a concentração marcada para as 13h, na esquina da Ladeira de Santa Teresa com a Rua Dias de Barros, em frente ao Bar do Serginho. A saída ocorrerá às 15h, em direção ao Largo dos Guimarães, onde se dispersa por volta das 19h.
No dia 21, terça-feira de carnaval, o Carmelitas se concentra às 8h no Largo do Curvelo, em Santa Teresa, seguindo a Rua Joaquim Murtinho até a esquina com a Travessa das Escadinhas, onde se dispersa por volta das 14h. Alvanisio Damasceno explicou que nos dois desfiles, o tempo máximo é de seis horas, incluindo a concentração.
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