O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou nesta segunda-feira (2) que a atuação conjunta de forças de segurança federais, em apoio às polícias estaduais, não tem prazo para acabar. Castro se reuniu no fim da tarde com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, para alinhar detalhes do plano operacional das ações de enfrentamento ao crime organizado.
O envio de cerca de 300 agentes da Força Nacional de Segurança foi autorizado por Dino, a pedido do governador, e inclui o envio de outros 270 homens da Polícia Rodoviária Federal. Além disso, estão sendo enviadas 50 viaturas, 22 carros blindados, um helicóptero e um veículo de resgate. O ponto inicial da “ação integrada” será uma ação conjunta no Complexo da Maré, mas que deve se expandir ao longo dos meses.
“Vai ser enquanto for necessário. O que nós imaginamos é, a partir da Maré, começar que esse processo de investigação vá se irradiando para outras áreas. A Maré é o ponto de partida, mas não é o fim”, disse Castro em entrevista a jornalistas após a reunião no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O governador também destacou que o trabalho envolverá prioritariamente ações de inteligência, focadas em desestruturar as ações do crime organizado e assegurar a prisão de lideranças. “Que a gente possa, sobretudo, prender lideranças, fazer uma desestruturação deles e fazer uma asfixia financeira nessas organizações criminosas, sejam elas milícias, narcomilícias, facção A, B ou C”, acrescentou.
Ainda segundo o governador, um dos focos de atuação será no enfrentamento às chamadas 'narcomilícias', que são as associações entre organizações que atuam no tráfico e as milícias - grupos paramilitares que dominam territórios no estado do Rio de Janeiro.
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