No segundo dia da edição 2023 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes que chegaram mais cedo aos locais de prova no Rio de Janeiro tiveram de lidar com um desafio extra: o calor forte, com temperatura acima dos 40 graus. Além do kit básico com documentos, canetas e cartão de confirmação, o lanche teve de ser reforçado com água e, em alguns casos, sorvete para aguentar o sol.
Até duas horas antes da abertura dos portões, que ocorreu oficialmente às 12h, dezenas de estudantes esperavam do lado de fora dos locais de prova. Na região central da cidade, a maioria preferiu antecipar o horário de chegada por morar longe e ter de enfrentar horas de transporte público. Uns estavam mais confiantes, outros mais tensos, mas praticamente todos compartilhavam da ansiedade com as provas de matemática e ciências da natureza (biologia, física e química).
Maicon Santos, de 18 anos, veio de Teresópolis, na região serrana, para fazer as provas na capital. Foram pelo menos três horas de ônibus. Ele quer fazer faculdade de biologia. O calor é uma preocupação, mas ele está confiante porque se preparou bem para a prova.
"Foquei em tentar manter a cabeça boa, para lidar com a ansiedade e não deixar isso atrapalhar na prova. Uma parte da matéria eu estou mais confiante, outra aproveitei para dar uma revisada e não surtar na hora. Estudei tudo sozinho, pela internet. Acho que estou preparado, pelo menos otimista. Confesso que com um pouco de medo de matemática, mas o restante estou mais tranquilo", disse Maicon.
Kayene Leite, de 18 anos, mora no bairro do Recreio, na zona oeste da cidade, e também chegou mais cedo com medo de perder a prova. Ela quer cursar relações internacionais e, para enfrentar o Enem, recorreu aos materiais que encontrou na internet.
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