Ceará vai receber seis novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, anuncia MEC
O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, vai investir R$3,9 bilhões na construção de 100 novos IFs em todo o Brasil
O Ceará vai receber seis seis novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). As cidades cearenses atendidas são: Fortaleza, com duas unidades, Cascavel, Mauriti, Campos Sales e Lavras de Mangabeira. A ação faz parte da expansão de vagas e oportunidades na Rede Federal, implantando 100 novos Institutos Federais em todos os estados do Brasil. O anúncio foi feito pelo presidente Lula, acompanhado do ministro da Educação, Camilo Santana, e de outras autoridades, nesta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, em Brasília.
Com a expansão do IFCE, devem ser geradas 8.400 vagas no Ceará. O investimento estimado para construção das novas unidades no estado é de R$ 150 milhões.
Em todo o país, o Governo Federal vai investir R$3,9 bilhões nas obras, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desse total, R$ 2,5 bilhões são para criar novos 100 campi e R$ 1,4 bilhão para consolidar unidades já existentes, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
“É com base no investimento na educação que podemos ter a certeza que o Brasil vai ser um país de primeiro mundo, desenvolvido. Quando a gente fala em investimento em educação é porque uma profissão dá ao homem e à mulher o status de cidadania que sem educação a gente não conquista”, destacou o presidente Lula durante o anúncio.
Expansão IFs
No Brasil, há 682 unidades de Institutos Federais (IFs) e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, a Rede Federal passa a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.
Segundo o ministro Camilo Santana, a expansão vai criar 140 mil novas vagas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio. Todas as 100 novas unidades deverão ofertar, no mínimo, 80% das matrículas em Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Atualmente, a exigência é de 50%. “Nós queremos uma escola que seja acolhedora e com oportunidades. E os Institutos Federais são uma das mais exitosas políticas públicas neste país. Hoje temos 682 unidades espalhadas pelo Brasil. Tivemos critérios na escolha desses novos Institutos: vazios demográficos, proporção de matrículas de ensino técnico ofertadas em cada estado, proporção números de Institutos e população em cada estado”, explicou.
Além da criação de vagas, a construção de novos campi nos municípios impacta o setor da construção civil, gerando emprego e renda. As novas escolas, quando estiverem em funcionamento, também levarão desenvolvimento local e regional.
Para o governador do Ceará, Elmano de Freitas, a expansão representa mais um avanço na política pública educacional que prioriza a inclusão e o desenvolvimento técnico e científico dos estados nordestinos. “Fiquei muito feliz e agradeço ao presidente Lula e ao ministro da Educação, Camilo Santana, pelo anúncio de seis novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). A iniciativa faz parte do Novo PAC que representa uma grande conquista para os estudantes de todo país. É mais oportunidade para a juventude cearense e de todo o Brasil”, publicou nas redes sociais.
O Nordeste é a região que receberá o maior número de novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia nesta fase de expansão. Nos nove estados serão 38 campi. O Sudeste, com 27 novos campi, aparece na sequência, seguido da região Sul, com 13; do Norte, com 12; e do Centro-Oeste, com 10. Entre os estados, São Paulo é o que tem mais municípios beneficiados, com 12 cidades atendidas com a construção dos IFs. Minas Gerais e Bahia, cada um com oito municípios. Na sequência, aparecem Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro, com seis para cada estado, e Paraná, Rio Grande do Sul e Pará, com cinco.
Representando os estudantes na cerimônia, Marisa Cajado, de 16 anos, e aluna do Instituto Federal de Brasília (campus São Sebastião), disse que os novos campi significam sonhos maiores do que os sonhados por gerações passadas. “Sou filha de uma mãe confeiteira maranhense e de um pai garçom paraense. Sempre estudei em escola pública. Isso tem uma importância muito grande em nossas vidas. O IFB traz muitas oportunidades para nós, estudantes. Não é sobre criar 100 novas unidades, é sobre apoiar e dar acessibilidade. Temos que ter acesso à alimentação e ao transporte. Eu quero pedir o olhar cuidadoso do presidente Lula e do ministério Lula”, pontuou.
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