Empossado o 7º Bispo da Diocese Crato, Dom Magnus Henrique Lopes

 No último sábado, 19 de fevereiro, aconteceu na Diocese de Crato/CE a posse do seu 7º Bispo, Dom Magnus Henrique Lopes (OFMCap), sucessor de Dom Gilberto Pastana (6º Bispo da Diocese, transferido para a Arquidiocese de São Luiz, no Maranhão). Dom Magnus, que tem como lema episcopal “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4, 13), pertencia à Diocese de Salgueiro, que agora está vacante. Ele foi anunciado como novo bispo diocesano de Crato, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, em 12 de janeiro de 2022, sendo empossado após oito meses de vacância desta Diocese.

Após sair em carro aberto de Salgueiro/PE, a primeira cidade que Dom Magnus foi acolhido na Diocese de Crato, foi Jardim/CE, por ser divisa com o Estado. Lá, o novo bispo foi recebido pela comunidade sacerdotal e fiéis, que o esperavam com felicidade e emoção. Nesta parada, Dom Magnus Henrique falou oficialmente com o povo de Deus. “Vim da Catedral de Santo Antônio e entro na Diocese pela Paróquia Santo Antônio”, declarou o Pastor Diocesano, referindo-se a Paróquia da cidade de Jardim, que é devotada ao santo. Em sua fala, Dom Magnus pede orações e coragem para missão na Diocese, clamando também por comunhão e unidade. Ao final, deu sua bênção.

Imagem/Reprodução: Diocese de Crato – Chegada de Dom Magnus Henrique na cidade de Jardim/CE

Saindo de Jardim, Dom Magnus seguiu para a cidade de Barbalha/CE, fazendo um momento de visitação e bênção aos enfermos do Hospital São Vicente de Paulo. Em seguida, aconteceu o momento de Coletiva à Imprensa, no Salão paroquial da Paróquia de Santo Antônio, também em Barbalha. Quando perguntado, pelo repórter José Batista, da Rádio FM Padre Cícero, sobre a importância dos meios de comunicação para evangelização, Dom Magnus afirma que ao longo da história, talvez a igreja esqueceu um pouco o trabalho de comunicar. “Hoje não podemos viver sem a internet, sem a comunicação. Precisamos não ser escravos, tendo uma consciência crítica, fazendo a comunicação para a vida, para a liberdade”, enfatizou o bispo.

Imagem/Reprodução: Diocese de Crato – Dom Magnus Henrique visitando enfermos no Hospital São Vicente de Paulo

Logo após a Coletiva à Imprensa, o novo bispo dirigiu-se à cidade de Crato/CE, onde fica a sede da Diocese. Lá, Dom Magnus Henrique seguiu em carreata, em carro aberto, saudando e abençoando a população, que o esperava nas calçadas e ruas da cidade. No caminho, o novo Pastor Diocesano visitou o abrigo das Filhas de Santa Teresa, seguindo para o Seminário São José, espaço de formação dos futuros sacerdotes diocesanos.

Foto/Reprodução: Diocese de Crato – Dom Magnus Henrique em carreata na cidade de Crato/CE

Às 16h, na Sé Catedral Nossa Senhora da Penha, localizada em Crato/CE, os fiéis aguardavam a chegada do novo bispo, sentados nas cadeiras dispostas ao longo da Praça da Sé, que fica em frente à igreja. Dom Magnus Henrique Lopes chegou, sendo recepcionado pelo povo que o esperava, bem como pelo Colégio dos Consultores, pelo Arcebispo Dom José Antônio e por Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos. Após o beijo na Cruz e aspersão de água benta, o Pastor Diocesano visitou o Santíssimo Sacramento, onde de joelhos, fez sua prece.

A longa procissão de entrada contou com cerca de 25 bispos de outras Dioceses. Depois dos ritos iniciais, as Letras Apostólicas foram apresentadas e lidas, sendo passado à Dom Magnus Henrique o báculo e a cátedra, acontecendo a manifestação de obediência e respeito ao 7º Bispo da Diocese de Crato. “Queridos irmãos e irmãs, como bispo, filho de São Francisco, estou convicto de que sem a oração, sem voltar meu coração para Deus, sem a vida sacramental, não poderei pastorear a igreja”, declarou o Pastor Diocesano, que convidou os “seus filhos”, a se encontrar no altar da eucaristia e na oração.

Foto/Reprodução: Thaís Cândido – Dom Magnus Henrique na procissão de entrada da celebração de posse

Ao final da eucaristia, aconteceram as manifestações de acolhida e homenagem à Dom Magnus, feitas pelo Padre Vaudênio Nergino, que representou os presbíteros da igreja diocesana de Crato, além das homenagens de religiosos, autoridades civis e leigos. O Padre Rocildo fez a leitura da ata, encaminhando para o final da celebração de posse canônica, que teve mais de cinco horas de duração e foi encerrada com a bênção solene, através das mãos de Dom Magnus Henrique Lopes.

Biografia de Dom Magnus Henrique

Nascido no dia 31 de julho de 1965, em Assu (RN), Dom Magnus Henrique Lopes é filho de João Gregório Lopes e Maria do Carmo Lopes (in memoriam). Com 21 anos ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Sua profissão religiosa foi feita em 19 de março de 1992, no Convento Santo Antônio, em Natal (RN).

Foi ordenado diácono a 25 de março de 1996, por dom Antônio Soares Costa, na Basílica de Nossa Senhora da Penha, em Recife (PE), e ordenado presbítero em 21 de dezembro de 1996 pelo mesmo bispo, na cidade de Assu. No dia 16 de junho de 2010 foi nomeado primeiro bispo da diocese de Salgueiro. Foi ordenado bispo na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, em 17 de setembro de 2010, por dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap., então arcebispo de Vitória da Conquista (BA).

Escolheu por lema episcopal “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13). A posse na diocese pernambucana foi no dia 12 de outubro de 2010, na mesma Celebração Eucarística em que a diocese foi instalada, sob a presidência do então núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri.

Além da formação em Filosofia e Teologia, dom Magnus cursou Parapsicologia e Religião, Psicologia, Especialização em Psicologia Clínica Hospitalar, Teologia Moral, entre outras formações de curta duração.

Antes do episcopado, atuou como animador vocacional, mestre de postulantes, ecônomo, vigário paroquial e vigário da Fraternidade Capuchinha, definidor provincial, ministro provincial e vice-presidente da Conferência dos Capuchinhos do Brasil – CCB (2001-2007). Também desempenhou a função de guardião e ecônomo do Convento Santo Antônio, em Natal, além de diretor espiritual de diversos grupos, movimentos e pastorais.

Foto/Reprodução: Thaís Cândido

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