Em uma cerimônia emocionante, a Universidade de Brasília (UnB) concedeu nesta sexta-feira (26) o diploma de geólogo ao estudante Honestino Guimarães, desaparecido político perseguido durante a ditadura militar e cujo corpo nunca foi encontrado. Liderança estudantil, Honestino foi preso em 1965 e viveu na clandestinidade nos anos seguintes. Ele foi sequestrado em 1973 e nunca mais foi visto. A confirmação pública de sua morte ocorreu em 1996. O reconhecimento, concedido na modalidade port mortem, ocorreu no auditório da Associação dos Docentes da UnB e contou com a presença de professores, estudantes, familiares de Honestino e autoridades locais e nacionais. Na cerimônia, foi anunciada a decisão do Conselho Universitário da UnB que anulou a decisão de desligar Honestino da instituição de ensino. Ele havia sido expulso em 1968, antes de concluir a graduação. A reitora da universidade e presidente do Conselho Universitário, Márcia Abrahão, anunciou a concessão do título e explicou que
Pesquisa da pós-graduação em Ciências Médicas investiga sequelas neurológicas da covid-19; seleção de voluntários está aberta
Será iniciada em março, no âmbito da pós-graduação em Ciências Médicas – vinculada à Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará –, uma pesquisa que vai investigar possíveis sequelas neurológicas da covid-19. Dor de cabeça, perda de olfato ou paladar, ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), queixas de memória, esquecimento, depressão, ansiedade e insônia estão entre os sintomas pesquisados. Quem quiser participar do estudo como voluntário pode se inscrever. A ideia é que sejam selecionados 200 pacientes.
De acordo com o aluno de doutorado José Wagner Leonel – um dos responsáveis pelo estudo –, os pacientes serão submetidos a uma consulta com um neurologista para avaliação dos sintomas neurológicos pós covid-19.
Essa consulta inicial ocorre no Ambulatório de Neurologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Na ocasião, são explicados aos pacientes os benefícios da pesquisa, incluindo a oportunidade de realizar exames complementares gratuitos, como ressonância magnética de crânio, polissonografia e exames de sangue, incluindo testes genéticos específicos. Os voluntários selecionados serão acompanhados por um período de dois anos.
“Com essa pesquisa, ajudaremos a esclarecer as possíveis sequelas neurológicas causadas pela covid-19, bem como saber se essas sequelas são transitórias ou permanentes, além de ajudar a determinar se tais decorrências podem aumentar o risco de futuras doenças neurológicas”, explica Leonel.
A equipe responsável pelo estudo é composta por pesquisadores da área de neurologia, radiologia e biomedicina, além de acadêmicos em período de pós-doutorado e de alunos de mestrado e de doutorado, sob orientação do Prof. Pedro Braga Neto, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas.
VOLUNTÁRIOS – Podem se candidatar para atuar como voluntários na pesquisa pessoas maiores de 18 anos que tiveram covid-19 confirmada por exame e que, após a infecção, apresentaram dor de cabeça, perda de olfato ou paladar, ocorrência de AVC, lapsos de memória, esquecimento, depressão, ansiedade, insônia ou outros sintomas. Os interessados devem enviar uma mensagem via WhatsApp para o número (85) 99760 6523 a fim de agendar a consulta inicial.
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